Celular nos parques. Comodidade ou interferência?

Como o uso da tecnologia pode afetar, para o bem ou para o mal, a experiência dos visitantes nos parques

“Eu não quero que o público veja o mundo que eles vivem enquanto eles estiverem no parque. Eu quero sentir que eles estão em outro mundo”. Walt Disney

A ideia é fazer uma reflexão a partir da tradução da frase dita pelo saudoso Walt Disney. Ou seja, enquanto nós estamos nos divertindo nos parques, queremos ser transportados para outro universo, e aqueles medos do mundo real — violência, inflação, guerras e etc — são deixados de lado.
É que fica um pouco difícil se desconectar do mundo real, né? Os celulares são nossos parceiros para registrar o dia, querer compartilhar tudo em momento real, agendar filas, fazer pedidos de alimentos e bebidas e muitas outras comodidades.

Mas… como nem tudo são flores, se de um lado eles nos ajudam a aproveitar melhor o dia, será que eles também não podem reduzir essa lacuna entre mundo real e fantasia? Será que os dois se misturam em alguns momentos?

Se voltarmos 20 anos no tempo e algo ruim acontecesse, é provável que você só saberia da notícia ao chegar em casa ou até em dias depois. Hoje, podemos receber uma notícia ruim pelo celular de forma simultânea dentro de um parque. Você conseguiria aproveitar o dia da mesma forma se algo te impactasse? Como ficaria a sua experiência?

E nem precisa ser notícia ruim. Imagine que você está de férias, surge alguma emergência no trabalho e precisam te acionar? O André me contou que um amigo dele precisou resolver pendências do trabalho durante a fila da Space Mountain. “Ah, mas é fila”: quantos detalhes que agregariam na imersão da atração foram despercebidos? Quantas interações com os amigos foram perdidas?

Em vários parques da Disney existem quiosques com sistema de recarga para celulares. Você paga um valor fixo e pode retirar um carregador portátil totalmente carregado. A bateria acabou? É só trocar por outro carregador nos postos de troca.

Para quem vivenciou a época dos ingressos físicos — parece que faz muito tempo — também precisa encontrar uma nova forma para aumentar a sua coleção e ter aquela lembrança para levar para casa. É cada vez menor o número de parques que disponibilizam mapas e ingressos físicos.

Aqui entra toda a questão ambiental, economia de papel e redução de custos. Mas é o público que tem que se adaptar aos novos tempos ou os parques ainda conseguem oferecer opções sustentáveis para preservar esse momento?

Se o celular nos coloca de volta ao mundo conectado e frenético, será que temos a mesma paciência para esperar nas filas? Será que avaliaremos a experiência como positiva ou essas interferências externas podem tirar uma parte do encantamento?

Confira a matéria completa, escrita por Giovanni Castellani, no site O Próximo da Fila (site e newsletter que discute a experiência dos visitantes nos parques), por meio do link
https://oproximodafila.com.br/2022/07/25/celular-nos-parques/