Defesa da Indústria

 

Antes de ser uma indústria altamente profissionalizada, como de fato o é, os parques de diversões preocupam-se com o lúdico, com os sonhos, o que faz de todos os empresários e profissionais envolvidos com a sua estruturação e operação pessoas diferentes. Não melhores, nem piores que os demais profissionais, apenas pessoas que esperam, com o retorno do seu trabalho, não somente o justo ressarcimento financeiro, mas o retorno mais importante: a alegria proporcionada a quem nos visita.
Porém, os principais desafios que enfrentamos referem-se à total falta de apoio do poder constituído. Nosso segmento é formado por um conjunto de trabalhadores que jamais solicitou nenhum tipo de beneficie, no entanto, queremos sim uma legislação justa, que nos permita trabalhar e que permita que esse setor, tão importante em tantos países, possa atingir o tamanho proporcional também no Brasil.
A fim de vencer esses desafios, trabalhamos, primeiramente, no sentido da contínua melhora na segurança dos parques de diversões, para tanto, fizemos constituir uma comissão que elaborou as normas brasileiras específicas para parques, hoje aceitas internacionalmente. Além disso, temos tentado, também, a mudança do código de classificação dos equipamentos de parques de diversões para que sejam entendidos, não como bens de consumo, mas como bens de capital, que verdadeiramente são.
Comparando a visitação em parques de outros países, cujo segmento é maior, podemos constatar que a possibilidade de crescimento é muito grande,; estamos muito aquém da demanda. Trata-se de uma indústria tradicional, que lida com algo fundamental que vem a ser o entretenimento das pessoas.

Francisco Donatiello Neto
Presidente da ADIBRA