Em comemoração do Dia Internacional da Mulher, Adibra entrevista a engenheira mecânica do Hopi Hari

À frente de uma equipe formada por 31 colaboradores, Heloysa Almeida revela como é sua rotina de trabalho e se diz fascinada pelo mundo dos parques de diversões

Num universo onde a maioria é formada por homens, a paulistana Heloysa Almeida, de 36 anos, escolheu ser engenheira mecânica. O que ela não imaginava é que um dia deixaria os segmentos de autopeças e químico para trabalhar no setor de parques de diversões.

Nascida na capital de São Paulo, e atualmente morando em Campinas, graduou-se em Engenharia Mecânica, pela Universidade Paulista (UNIP) de Campinas, e começou a trabalhar no Hopi Hari em dezembro de 2016. Hoje, atua como gestora de Manutenção Mecânica e lidera uma equipe formada por 31 colaboradores, sendo todos do sexo masculino.

Heloysa revela que é fascinada pelo mundo encantado dos parques de diversões e conta como é o seu dia a dia no trabalho. “Realizo o planejamento e acompanhamento técnico das manutenções que são feitas. Há também questões administrativas dentro da rotina, como a gestão e organização da equipe e atualização da documentação pertinente à área. É algo totalmente diferente da indústria. Trabalhamos para manter o lúdico sem deixar de respeitar os requisitos de segurança. O que me encanta é que, diferentemente de outros segmentos, aqui temos o contato direto com os visitantes e podemos participar da experiência deles no parque”.

Para garantir a segurança dos visitantes, a engenheira destaca a importância de seguir todas as recomendações dos fabricantes de brinquedos e manter as frequências de manutenções, premissas que fazem parte do dia a dia no Hopi Hari. “Segurança é algo que não se pode negociar, tem que ser uma condição para qualquer segmento de trabalho. Treinamentos e diálogos sobre segurança com a equipe são algumas das ferramentas que utilizamos aqui no parque. Além disso, realizamos inspeções internas e com empresas externas e treinamentos constantes de nossa equipe sobre o tema”, pontua.

Sobre atuar numa área predominantemente masculina, ela diz que é algo que não a incomoda. “Acredito que é necessário ter respeito e profissionalismo, como em qualquer outra área. Há mais homens que se constrangem do que eu. E gostaria de dar um conselho para todas as mulheres, não só para as que estão iniciando na Engenharia. Não existe profissão de homem ou de mulher, existe a profissão que você quiser seguir. Se dediquem e não deixem que definam o que ou como você deve seguir com suas decisões”, conclui.

Quando não está trabalhando no Hopi Hari, Heloysa encontra tempo para se dedicar ao artesanato e aos seus cachorros, suas duas outras paixões.

A atuação das mulheres em parques de diversões

Vem dos Estados Unidos outro exemplo de uma engenheira que se encantou pelo mundo do entretenimento, mais precisamente pelo universo dos parques de diversões, da Walt Disney. A americana Liz Diaz trabalha na montanha-russa Guardiões da Galáxia, inaugurada em 2022 no Epcot. A atração traz pela primeira vez heróis da Marvel para Orlando. “Aqui nessa atração, nosso convidado pode esperar o inesperado. O novo sistema de condução possibilita movimentações parecidas com o que é feito no filme que leva o mesmo nome. Uma das minhas coisas favoritas desse trabalho é atuar com o time e poder resolver os desafios tecnológicos que possamos encontrar. Para qualquer jovem que sonhe ingressar na engenharia, eu aconselho testar todas as possibilidades e verificar como o brinquedo funciona”, revela Liz.

Confira a história completa da engenheira que trabalha na nova montanha-russa do parque Epcot por meio do link https://www.instagram.com/reel/CakcMTvlorx/?utm_medium=copy_link